Juntos, cerca de 300 professores de 32 redes municipais e particular do estado entregaram ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denúncia relatando o desrespeito à Lei 1.738/08, que criou o Piso Nacional do Magistério. Após o ato, eles decidiram chamar a atenção da população para a pauta de reivindicações da categoria, que inclui a aplicação do Piso Nacional, um reajuste salarial de 15,63% e melhores condições de trabalho. Os docentes saíram em passeata da sede do Sindicato dos professores da Rede Municipal do Recife (Simpere), em frente ao MPPE, no bairro de Santo Amaro, até à Basílica do Carmo, no bairro de Santo Antônio. A manifestação foi tranqüila, sem grandes transtornos no trânsito.
Os professores da rede municipal do Recife decretaram estado de greve na semana passada e amanhã decidirão em assembléia se vão ou não deflagrar paralisação por tempo indeterminado. Eles querem que a Prefeitura dê um reajuste salarial de 15,63%, retroativo ao mês de janeiro.
A Secretaria de Educação do Recife, no entanto, sinalizou que só pode pagar um aumento de apenas 4,66%. Já os docentes da rede particular estão em plena campanha salarial e podem decretar greve esta semana.
Também participaram do evento professores das redes municipais do interior, que lutam pela implantação do Piso Nacional, de R$ 1.312, válido em todo o país desde janeiro do ano passado. A média de salários em Pernambuco não chega a R$ 800. Segundo os educadores, as prefeituras não estão efetivando os reajustes anuais previstos na lei federal que sancionou o Piso. "Quando os prefeitos pagam o valor do Piso, fazem isso usando nossas gratificações. O valor do Piso é para ser pago integralmente", denunciou a professora Joselma Víctor, de 33 anos, da Escola Municipal de Glória do Goitá, a 63 quilômetros do Recife.
Fonte: Diário de Pernambuco
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